
Elliot Page, há muito um defensor acérrimo dos direitos LGBTI, revelou, a 1 de dezembro, ser transgénero e assumiu o seu novo nome e identidade perante os seus seguidores nas redes sociais (e perante o mundo), numa publicação que, à data deste artigo, já contava com mais de 3 milhões de gostos e 139 000 comentários:
“Olá amigos, quero partilhar convosco que sou trans, os meus pronomes são “ele/eles” e o meu nome é Elliot. Sinto-me afortunado por estar a escrever isto . Por estar aqui e por ter chegado a este patamar na minha vida. Sinto enorme gratidão por todas as pessoas incríveis que me têm acompanhado nesta jornada. É difícil expressar o quão maravilhoso é, por fim, amar-me o suficiente para tentar ser o meu “eu” mais autêntico. Tenho-me vindo a sentir cada vez mais inspirado por diversos membros da comunidade trans. Obrigado pela vossa coragem, generosidade e por trabalharem no sentido de tornar este num mundo mais inclusivo e empático. Ofereço todo o meu apoio para que esta se torne numa sociedade mais igualitária. Peço também paciência. A minha alegria é real mas é também frágil. A verdade é que apesar de me sentir muito contente, e ter consciência do meu privilégio, estou também muito assustado. Tenho medo das invasões de privacidade, do ódio, das piadas e da violência. Não estou a tentar colocar uma nuvem negra sobre este momento, mas é importante olhar para a situação num todo. As estatísticas são horrificantes, sendo que a discriminação contra pessoas trans é cruel e tem resultados devastadores. Em 2020, mais de 40 pessoas transgénero foram assassinadas nos EUA, na sua maioria mulheres trans afro-americanas e latinas. Para os líderes políticos que criminalizam os cuidados de saúde trans e propagam hostilidade contra a comunidade: o nosso sangue está nas vossas mãos (…).”
Depois de uma mensagem de cariz político mais vocacionado, o intérprete, produtor, realizador e ativista continua:
“Eu adoro ser trans e adoro ser queer. Quanto mais reconheço inteiramente quem sou, mais sonho, mais o meu coração se expande, mais sucedo. Para todas as pessoas trans que sofrem de falta de amor próprio, que sofrem abusos, ameaças de violência e são assediadas: eu vejo-vos, amo-vos e farei tudo para construir um mundo melhor. Obrigado por terem lido este texto, Com todo o meu amor, Elliot”
Perante alguma especulação sabe-se já que Elliot Page continuará a interpretar, em “The Umbrella Academy” a mulher cis (biológica) Vanya, para deleite dos muitos fãs deste conteúdo Netflix.
Fonte: (MAGAZINE.HD)
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